Agarrei numa cadeira e corri em direcчуo ao Abel, berrando para que ele largasse o Francisco.
Dei balanчo com os braчos para lhe dar com a cadeira, com a forчa toda que conseguisse.
Mas quando a cadeira estava prestes a atingi-lo, ele deu uma cotovelada com toda a forчa, rebentando com o assento de madeira da cadeira, fazendo-me largс-la devido ao susto que apanhei.
Ele aproveitou e deu-me um pontapщ acertando-me na zona do rim esquerdo, deixando-me aflito.
O Abel preparava-se para me atacar, atщ que o Francisco agarrou numa cadeira, atirando-lhe р cabeчa, fazendo-o ficar enervado.
Ele foi em direcчуo ao Francisco, com a intenчуo de o deixar estendido no chуo de vez, mas eu nуo podia deixar isso acontecer.
Levantei-me e comecei a correr, saltando-lhe de seguida para as costas, comeчando a esmurrс-lo na nuca e costas o mсximo que pudesse, enquanto que o Francisco esmurrava-o na cara e estєmago.
- Larguem-me!!!! – berrou o Abel, enquanto que dava um soco no nariz do Francisco, e me atirava por cima dele.
Bati com tanta forчa no chуo, comeчando a ver tudo a dobrar.
<Raios parta o gajo, que ‘merda’ agora vejo este feio a dobrar…> pensei enquanto olhava e via o Abel duas vezes, como se fossem dois irmуos gщmeos.
<’Porra’ que o gajo щ ‘memo’ feio.> pensei.
Ele acabou por pisar-me no peito, fazendo-me gritar de dor.
O Francisco largou o nariz sangrento, e fez uma placagem no Abel, atirando-o ao chуo.
Comeчou-o a bater-lhe na cara, murros e cotoveladas, o que desse mais jeito no momento em que puxava o braчo para trсs, dando balanчo.
Depois de comeчar a ficar com a cara inchada, o Abel agarrou no cabeчa do Francisco, puxando-a, acabando por dar-lhe uma cabeчada no nariz, que jс estava a sangrar e meio torto, de levar demasiadas pancadas.
Agarrei noutra cadeira, e no momento em que o Abel se ia a levantar, dei com toda a minha forчa na testa dele, deixando-o de novo no chуo completamente р nora.
Era a minha vez, saltei-lhe para cima, comeчando a “espatifar-lhe” a cara com o que restava das minhas forчas.
Tencionava acabar com aquilo tudo de vez, mas o Abel parecia ser imparсvel, acabando por me dar um soco no meio da boca, arrebentando-me o lсbio superior.
Tentei esquecer a dor, continuando a trocar socos com ele no chуo, atщ que ele me conseguiu virar, ficando ele por cima de mim.
Comeчou a dar-me tantos socos e cotoveladas, eu sѓ tentava proteger a cara, para nуo ficar desmaiado no meio da sala.
O Francisco agarrou em duas rщguas de 50 centэmetros, juntando-as, dando coma parte lateral, sendo essa a mais dura, na nuca do Abel, partindo as duas rщguas ao meio.
O Abel ficou com uma ferida na cabeчa, que se notava devido ao facto de ele ter o cabelo bastante curto, quase careca. Ele levantou-se, tentando vingar-se no Francisco, que acabou por se defender com as rщguas partidas, arranhando-lhe a cara.
Levantei-me, prendendo-me ao Abel, tentando fazer com que ele nуo pudesse atacar nem com braчos nem pernas. O Francisco largou as rщguas e puxou o braчo direito o mсximo para trсs. Soltou um soco, tуo “padeiro”, que estalou o maxilar do Abel, deixando-o “KO” no chуo.
Tэnhamos conseguido, derrotсmos o Diogo e o Abel.
Fomos agarrados ao ombro um do outro tentando sair da sala sem cair. Ao sairmos da sala reparei numa coisa.
<Para onde foi a Daniela e o Diogo?> pensei eu bastante confuso.
Comeчсmos a ouvir outros alunos a subir as escadas principais do edifэcio.
Tentсmos despachar-nos para chegar рs escadas secundсrias, evitando sermos apanhados.
Descemos as escadas, ouvindo alguщm a gritar, chamando funcionсrios devido ao aluno inconsciente que estava na sala. Fizemos os possэveis para descermos o mais rсpido possэvel as escadas.
Quando finalmente saэmos do edifэcio, ficсmos escondidos num pequeno jardim do recinto da escola, tentando recuperar as forчas.
Doэa-me o corpo todo.
De repente senti algo a vibrar no bolso de fecho das minhas calчas.
<’Foda-se’, o telemѓvel ainda ‘tс’ inteiro, com tanta queda…> pensei enquanto via a mensagem.
Era a Joana, perguntando se o “Ricardo” sempre ia ter com ela р tarde.
Eu jс tinha decidido, eu ia lhe contar tudo, mas nуo hoje… primeiro tinha de recuperar da ‘tareia’ que levei.
Quando me sentisse melhor, e nуo tivesse a cara meio desfeita, ia ter com a Joana, confessando ser o “Ricardo”, na esperanчa que ela fosse para a cama comigo.
Levantсmo-nos e seguimos caminho para fora da escola, tentando ir para casa…

Depois do confronto com o Abel e o Diogo, dirigi-me para casa, tentando recuperar.
Acabei por dar uma desculpa р Joana, dizendo que o “Ricardo” tinha sido agredido por um ‘gang’ de latinos, e que necessitava de recuperar.
Ela ficou logo preocupada, dizendo.
“Espero que depois da recuperaчуo, tenhas energia para mim. <3”
<Mas que frase ‘porca’… mas tenho de admitir que atщ gostei dela.> pensei.
Quando os meus pais me viram, entraram em estado de choque, perguntando o que se tinha passado.
- Armei-me em “Super-Homem”, e mandei-me da janela do meu quarto, e digamos que me aleijei um pouco. – respondi.
A sorte щ que era um 2К andar, por isso era “credэvel” a histѓria, jс que nуo щ uma altura fatal.
Depois de uma semana e meia a recuperar dos ferimentos, estava finalmente pronto.
Mandei mensagem р Joana, dizendo que o grandioso “Ricardo” queria ir ter com ela.
“FINALMENTE!! ” disse ela.
“A que horas vou aэ ter? ;)” perguntei.
“Рs 16h45 pode ser? :3” sugeriu ela.
“Claro que pode.” aceitei.
“Adoro-te! *.*”. disse ela, deixando-me bastante feliz.
Espero que ela nуo me dъ uma chapada, no momento em que ela vir que o “Ricardo” sou eu.
Quanto ao Abel, alegou nуo ter qualquer memѓria do que se tinha passado naquele dia, evitando que houvesse investigaчуo.
Na escola, ele nуo olhou para mim, como se tivesse percebido que tinha sido derrotado.
Nas aulas tentei falar com a Joana, mas ela limitava-se a ficar um pouco nervosa e ignorava-me.
<Tenho quase a certeza que ela sente algo por mim, mas a gaja vai ver ‘foda-se’.> pensei.
Tinha chegado o momento da verdade.
Dirigi-me a casa da Joana, pensando no que iria dizer ou fazer no momento em que ela abrisse a porс.
Ao chegar lс, bati р porta nervoso, ouvindo.
- Jс vou amor!
<’Merda’ щ agora… que faчo!? Deu-me ‘ganda’ ‘branca’.> pensei ficando cada vez mais nervoso.
Ela abriu a porta ficando confusa por me ver.
- Pedro que fazes aqui? – perguntou ela bastante vermelha.
<Ai que me vou ‘lixar’ completamente.> pensei enquanto me preparava para responder.
- Sou o “Ricardo”, fiz-me passar por outra pessoa para puder falar contigo. Acho-te bastante gira e tenho um grande interesse por ti. – disse eu enquanto lhe dava um beijo.
Ela ainda me afastou, mas comeчou a ficar completamente vermelha, aproximando-se de novo de mim.
<Serс que ela ‘tс’ envergonhada de ter feito aquilo ao ‘mѓvel’ comigo, ou atщ gostou em saber?> pensei curioso.
Ela saltou para o meu colo, comeчando-me a beijar.
<’Foda-se’ mas que linguado.> pensei.
Levei-a ao colo atщ ao quarto dela, atirando-a para cima da cama.
<Porra, nуo sei como mas os meus truques resultam.> pensei enquanto me deitava por cima dela.
Comeчсmo-nos a despir e a retomar a acчуo.
Passado uns breves momentos, comecei a ver como ela era porca… mas como eu tambщm o sou, atщ gostei bastante.
Ficсmos toda a tarde, enroscados na cama. Estava a ser um momento espectacular.
Mas como jс disse com a Daniela, tudo chega р porcaria de um fim.
Pelo menos desta vez, nуo havia o problema de ter de enfrentar alguщm no dia seguinte.
Tinha acabado a histѓria do Abel e possivelmente do Diogo, mas isso sѓ o tempo o dirс.
Amanhу serс um novo dia, e tinha razѕes para estar contente… tinha ‘comido’ uma ‘gaja’ mesmo ‘boa’…